O senador Jayme Campos (DEM) utilizou a tribuna do Senado Federal, ontem, para denunciar a situação “insustentável” da segurança pública em Mato Grosso. Segundo ele, o Estado sofre com aumento do número de crimes violentos, baixo efetivo policial e lentidão na Justiça. As palavras do democrata se referiam à tentativa de assalto a um carro-forte em Cuiabá, na segunda-feira (29), que resultou em dois assaltantes e dois vigilantes mortos. O parlamentar condenou a ousadia de quadrilhas que “assaltam e matam sem piedade em plena luz do dia”, levando um clima de terror à capital.
“Os governos têm a obrigação ética de reprimir o crime, punindo exemplarmente os seus culpados. Os governos não podem ser frouxos ou paternalistas com bandidos; devem agir com o rigor de suas atribuições constitucionais, caçando os criminosos e salvaguardando os direitos individuais e coletivos do cidadão”, declarou.
Apresentando números do Poder Judiciário, o senador denunciou que “dormem nos escaninhos dos tribunais” 6,3 mil processos de homicídio, e das mais de 11 mil denúncias de assassinato dos últimos três anos, 5 mil casos ainda não foram julgados. Jayme Campos elogiou a proposta do PAC da Segurança, mas se mostrou cético quanto ao preenchimento das 2,8 mil bases comunitárias estabelecidas pelo plano.
“Onde vamos ter policiais para atender todas essas bases comunitárias? Mato Grosso, hoje, precisava ter, no mínimo, algo como 12 mil policiais, mas temos um efetivo na casa de 6,5 mil a 7 mil homens. Quero fazer um apelo à presidente Dilma para que veja com outros olhos a questão salarial de nossos policiais”, disse o senador.
